“O que está sendo tratado aqui hoje
levou basicamente três meses para ser construído, portanto, foi um tema
debatido com a sociedade, com os prefeitos e com as entidades. Entendo a
importância de manter aquilo que foi acordado, que foram os 60% para
municípios produtores. Isso é fundamental para eles. Agora é importante
que se diga que os municípios impactados — e aqui estão vários prefeitos
do Maranhão que os representam – há anos esperam por uma oportunidade
de receber os recursos do CFEM”, discursou o líder.
Cleber Verde lembrou que é pelo Maranhão
que passa a riqueza do minério de ferro, mas deixa um lastro de pobreza
e de dificuldades. “Casas rachadas, vítimas da Estrada de Ferro
Carajás, animais mortos, poluição ambiental, poluição sonora. Se tudo
isso não bastasse, ainda duplicaram a estrada que sai do Pará e vai até
Ponta da Madeira, em São Luís. Portanto, duplicaram os problemas”,
argumentou.
O deputado parabenizou o trabalho da
presidente do Consórcio dos Municípios dos Corredores Multimodais do
Maranhão (COMEFC), Karla Batista, que, junto com os Prefeitos que
compõem o consórcio, construíram um bom debate. “Fizemos uma audiência
pública mostrando à comissão e ao relator a importância de se garantir
aos municípios afetados de todo o Brasil esses recursos do CFEM. Sabemos
que o trabalho do COMEFC foi fundamental para o resultado alcançado
hoje”, disse Verde.
Segundo ele, o acordo foi para diminuir
um pouco dos recursos do CFEM para os Estados e aumentar os dos
municípios impactados. “Aumentamos de 10% para 15%. Isso é questão de
justiça porque a mineração deixou um rastro de pobreza por onde passou. O
IDH dos Municípios afetados do Maranhão é o mais baixo do Brasil. Não é
justo! Como dizia Rui Barbosa, não há nada mais relevante para a vida
social do que a formação do sentimento de justiça”, acrescentou o líder
Cleber Verde.
Saiba mais
A Compensação Financeira pela Exploração
de Recursos Minerais (CFEM) é uma contraprestação paga à União pelo
aproveitamento econômico desses recursos minerais. É o chamado royalty
da mineração que é distribuído aos estados, Distrito Federal e
municípios. A matéria foi aprovada em votação simbólica e será enviada
ao Senado. A distribuição dos recursos aos municípios afetados pela
atividade de mineração passará de 10% para 15%, enquanto os recursos dos
estados e do Distrito Federal produtores serão reduzidos de 20% para
15% do total arrecadado.
Texto: Mônica Donato – Ascom Liderança do PRB na CâmaraFoto: Douglas Gomes
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