quarta-feira, 24 de agosto de 2011

CLEBER VERDE foi a Aqua Nor 2011 – Feira e Seminário para promoção de investimentos tecnológicos do setor de Pesca e Aquicultura.

Como representante da Câmara dos Deputados e Presidente da Frente Parlamentar da Pesca e Aquicultura, participei do Aqua Nor 2011, em Trodheim - Noruega, no período do dia 16 a 18 de agosto de 2011.

Evento realizado pela Fundação Nor – Pesca

A feira acontece desde 1979 e este ano reúne 300 expositores de 26 países.

Tiveram apresentações de projetos, bem como novidades, produtos, serviços relacionados com as criações das principais espécies marinhas tais como peixes, camarão, frutos do mar, etc..

Todos os principais países estavam representados por expositores, visitantes e delegações.

A abertura do evento aconteceu no dia 16 com o discurso da Ministra da Pesca e Assuntos Costeiros da Noruega, Lisbeth Berg-Hansen, que saudou o Rei Harald V que esteve presente na abertura do seminário.

Em seguida passou a palavra para a presidente da Fundação a senhora Liv Holmefjord, depois discursaram a prefeita de Trodheim senhora Rita Ottervik e o Ministro da Pesca, que fez sua apresentação traçando um perfil do Brasil e das conquistas sociais e econômicas do País nos últimos anos. Em suas palavras ele ressaltou que nesses últimos anos tivemos a chance de posicionar o Brasil dentro de um caminho de sucesso ao aliar crescimento econômico sustentável com a inclusão social.

Em seguida detalhou a atual situação da produção pesqueira e agrícola no Brasil, dando um panorama das oportunidades para aqueles que estiverem dispostos a investir no setor.

O Ministro ainda considerou sobre o bom histórico das relações Brasil – Noruega, disse ainda que o Ministério ali estava para procurar mutuas oportunidades de ganhos para nossos países e apresentar as imensas oportunidades de negócios que existem no Brasil.

Entre as delegações estrangeiras presentes estavam os representantes Gabriel Serafim Muthisse, vice-ministro das Pescas de Moçambique; Stewart Stevenson, ministro da Pesca da Escócia, Foad Al-Sajawari, ministro da Agricultura e Pesca de Omã; e Pablo Galilea Carrillo, subsecretário de Pesca do Chile.

No dia 17 enquanto eu acompanhava o andamento da feira visitando os expositores e as novidades que geram expectativas para o futuro do setor pesqueiro e aquicultor, os ministros Lisbeth Berg-Hansen, da Noruega e Pablo Galilea, do Chile encontraram-se com o ministro Luiz Sergio e sua comitiva, e trataram de assuntos pertinentes às relações comerciais entre os países no quesito pescado referente a preocupação comum de China e Noruega sobre as exigências brasileiras quanto a importação de salmão.

A tarde teve a assinatura de um convênio entre a empresa brasileira Ecomar e o instituto de pesquisa Sintef. A partir de novembro os noruegueses virão ao Brasil para estudar a viabilidade de implantação de um sistema de pesca com rede à meia água, evitando a chamada pesca de arrasto. "Estamos muito animados, acreditamos que essa tecnologia pode ser útil e queremos investir para adotá-la no Brasil. Se quiser crescer na área de pesca precisamos investir em tecnologia", disse Fernando Ferreira, presidente do Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura (CONEPE) e um dos proprietários da Ecomar.

O ministro Luiz Sérgio participou da assinatura do termo que firma o convênio e aplaudiu a iniciativa. "Tenho dito que o Brasil precisa muito desse espírito empreendedor para desenvolver sua indústria pesqueira. Para isso é preciso ousar, inovar e investir em tecnologia.

No dia 18 pela manhã mais uma vez eu fui visitar os expositores da feira, conversando com os mesmos, discutindo e trocando idéias com especialistas de diversos países que ali estavam. Em seguida nos dirigimos ao aeroporto conforme programação definida.

Para finalizar destaco a necessidade pertinente, que o Brasil tendo um dos maiores volumes de águas do mundo, é fundamental o estimulo à produção intensiva, através da instalação de tanques – rede, ampliando assim a vantagem de permitir uma produção sistemática e padronizada, em rações de engorda, e também em embarcações que permita pesca oceânica com isso ter a consciência de investimento expressivo nas tecnologias que trazem avanço no setor pesqueiro e aquicultor, tais como, sensoriamento remoto (por meio de satélite) que incluem não apenas sistemas de navegação, como o Global Positioning System (GPS), mas também a obtenção de informações oceanográficas de grande aplicabilidade na pesca e na oceanografia, como na temperatura da superfície do mar (obtida por radiômetros). E assim inverter o quadro de importadores a exportadores, algo que sempre tenho afirmado ser possível e imprescindível que aconteça uma vez que temos este potencial, garantindo assim uma melhor oportunidade de mercado, constituindo-se ainda um importante gerador de ocupação e renda, para tanto precisamos que o governo tenha devida consciência, e assim a Pesca e Aquicultura venha desempenhar seu papel mais efetivo no desenvolvimento econômico do nosso País.

Foto da assessoria de comunicação do Ministério da Pesca e Aquicultura.