segunda-feira, 11 de julho de 2011

16º Encontro dos Pescadores na Bahia e 2º Seminário Nacional de Pesca Artesanal

Nos dias 04 e 05 de julho de 2011, aconteceu no Centro de Convenções em Salvador – BA, o 16° encontro de Pesca e Aquicultura do Estado da Bahia e o 2° Seminário Nacional de Pesca Artesanal, para discutir a ampliação das ações que contemplam a Aquicultura e a Piscicultura no Estado e no País, com presença de trabalhadores do setor e autoridades da Pesca e Aquicultura, entre eles o Ministro da Pesca e Aquicultura Luis Sérgio Alves, o Presidente da Bahia – Pesca Isaac Albagli, o Presidente da Confederação Nacional dos Pescadores e o Governador Jaques Wagner do Estado da Bahia, onde participei da abertura no dia 04 de julho na condição como representante desta Casa e Presidente da Frente Parlamentar da Pesca e Aquicultura.

Em suas palavras o Ministro Luis Sérgio Alves destacou:

“Precisamos compreender que o Brasil é um grande exportador de carnes bovina, suína e aves, mas também tem na aquicultura, nas fazendas marinhas, uma enorme potencialidade. Faremos investimentos na capacitação, em novas tecnologias e induziremos investimentos nessas áreas”

A aquicultura da Bahia cresceu 150% nos últimos anos e o Estado, com seus 1.200 quilômetros de costa, tem potencial para avançar ainda mais no segmento da pesca.

A produção de alevinos quadriplicou em quatro anos na Bahia. Atualmente, o Estado produz cerca de 50 milhões de peixes na fase inicial de vida. O que é produzido serve para povoar as aguadas distribuídas em várias cidades baianas. A quantidade de famílias atendidas com o Programa de Peixamento de Aguadas Públicas também cresceu, beneficiando mais de 50 mil famílias baianas.

O sertão baiano tem sido uma das regiões responsáveis por produzir peixes de água salgada. Devido aos recursos tecnológicos utilizados pela Bahia - Pesca, por meio do Programa Peixe-Poço, em parceria com a Companhia de Engenharia Rural da Bahia e Prefeitura de Ipirá, as águas salinizadas de poços artesianos têm sido utilizadas para a criação de peixes, até então, comuns apenas ao Oceano Atlântico.

Conforme o presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, quase 100% das ações do Governo do Estado é voltado para os pequenos pescadores, a agricultura familiar e a pesca artesanal, “até porque, em nosso estado, esse tipo de pesca é mais expressivo se compararmos à pesca oceânica ou empresarial”. Ele destacou ainda o avanço de 57% no segmento em quatro anos. “Saímos de 79 mil toneladas para 121 mil toneladas por ano”.

O Presidente da Federação Nacional da Pesca Abrão Lincon solicitou ao Ministro Luís Sergio que observasse a Lei das colônias, ou seja, que somente as colônias poderiam em nome dos pescadores artesanais representá-los em seus municípios, pois á conflitos de classes, a constituição observa que somente uma representação pode defender os interesses da categoria, nesse caso, está havendo conflito em vários municípios que tem ao mesmo tempo sindicatos e associações de pescadores, sendo que a preferência deve ser das colônias por sua antiguidade, conforme a lei determina

Considerando que somos grandes importadores de pescado, precisamos seguir firme no propósito de inverter este quadro traçando metas de exportação, pelo progresso e avanço de nossa economia buscando cada vez mais o apoio do governo federal, estados, municípios e empresários dispostos a investir nesse seguimento cada dia mais promissor. Apoiando não apenas o grande, mas também o pequeno produtor nesse caso o pescador artesanal tratando - se de uma fonte de renda, o que certamente contribuirá para a diminuição da pobreza em nosso País.

Cleber Verde

Deputado Federal

Presidente da Frente

Parlamentar da Pesca e Aquicultura

DEPUTADO CLEBER VERDE REPRESENTOU O BRASIL NA CONFERENCIA MUNDIAL DE SAÚDE DE ANIMAIS AQUÁTICOS.

Nos dias de 28 a 30 de junho de 2011 o Deputado Cleber Verde foi designado pela Presidência da Casa para representar a Câmara Federal na 1° Conferencia Mundial de Saúde de Animais Aquáticos, evento realizado pela OIE – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE ANIMAL

A OIE é uma organização intergovernamental criada por um convênio internacional de 25 de janeiro de 1924, firmado por 28 países. E hoje conta a participação de 178 Países.

Objetivo da Conferencia:

Vários tópicos objetivaram o congresso entre eles alguns destaques importantes.

  • Conscientização dos requisitos para a gestão eficaz de saúde dos animais aquáticos, abrangendo todas as questões sob o mandato OIE incluindo a segurança sanitária internacional.

  • Análise da situação global de saúde dos animais aquáticos.

  • O uso de produtos veterinários em animais aquáticos.

  • Destacar a contribuição dos programas de saúde dos animais aquáticos para a melhoria da produtividade do setor de animais aquáticos e, assim, a segurança alimentar global.

  • Educação de veterinários e profissionais de saúde dos animais aquáticos no público e do setor privado sobre o seu papel e responsabilidades.

O evento teve abertura no dia 28/6, com o discurso do Dr. Bernard Vallat Diretor Geral da OIE e o Dr. Carlos Correa Presidente da OIE.

Em suas palavras o diretor geral, afirmou que “a segurança alimentar tornou-se uma grande preocupação hoje em todo o globo. A aquicultura é uma das mais rápidas do mundo da indústria em crescimento, e os alimentos derivados de animais aquáticos é uma importante fonte de proteína de alta qualidade para animais destinados ao aumento da população humana global. Um dos objetivos fundamentais da conferencia foi destacar a importante contribuição dos programas de saúde dos animais aquáticos para melhorar a produtividade e sustentabilidade de aquicultura e contribuindo assim para segurança alimentar e redução da pobreza. Dada a rápida emergência e reemergência de doenças, programas de saúde dos animais aquáticos são mais importantes do que nunca. Eficientes programas de saúde dos animais aquáticos podem fazer da aquicultura seguro e acessível, permitindo que os países para aumentar a produção de forma ambientalmente sustentável e facilitar o comercio seguro de aquicultura em um mercado mundial em constante crescimento.

Em seguida várias autoridades dos seguimentos veterinários fizeram suas apresentações abordando temas relevantes para a saúde dos animais aquáticos entre as quais destaquei alguns pontos mais importantes para nossa pesca e aquicultura, seguimento que se expande com rapidez em nosso país.

O ponto mais alto desta conferencia foi sem dúvidas a pesca e aquicultura, onde debateram várias formas de se avançar nesse seguimento buscando ideais de sustentabilidade para trazer mais segurança, como investimento nos profissionais, infraestrutura adequada (incluindo legislação moderna) e recursos para apoiar a implementação eficaz dos sistemas de saúde animal no território nacional para pesquisas e controle de doenças evitando problemas futuros uma vez que a demanda mundial por frutos do mar aumenta significativamente e só podem ser satisfeitas através da aquicultura.

Nos dias 28 e 29 destacaram-se a Dra. Lisa Schloegel, cientista especializa em pesquisar o papel do comércio internacional da vida selvagem e disseminação de patógenos. Em sua apresentação falou do comercio global de anfíbios para alimentar, e da indústria pet ornamental que implica a transportes de dezenas de milhões de animais vivos a cada ano. Além do impacto que a colheita de animais selvagens podem ter sobre a sustentabilidade em longo prazo das populações de anuros, não há evidencias de que o Batrachochytrium dendorbatidis patógenos emergentes (chytridiomycosis) e ranaviruses, estão espalhados por esse comercio. A ligação entre patogenos, declínio da população de anfíbios, e para algumas espécies de extinção, sugere que o impacto epidemiológico do comercio é significativa, e podem comprometer a conservação e economia.

A conferência teve sua finalização às 14 horas do dia 30 de junho, com discurso do secretário geral da OIE, fazendo um pouco do resumo de todo encontro e chamando atenção para reformulação do código de saúde de animais aquáticos que será observado pelos 178 países membros, além dos não membros, chamando – me atenção especial para nosso País que apesar de ter um grande volume de água doce e ser banhado pelo oceano atlântico, ainda não estamos desenvolvendo a atividade de pesca para sua autosuficiência, e nesse sentido ainda somos grandes importadores de pescados e camarão o que nos faz concluir que precisamos de uma barreira de vigilância sanitária através do ponto focal, vinculado a OIE, que é o ministério da pesca para identificarmos possíveis doenças nos frutos do mar importados evitando assim a contaminação da população brasileira.

CLEBER VERDE

Deputado Federal

Presidente da Frente

Parlamentar Da Pesca e Aquicultura