“Enquanto não se vota aqui o Pacto
Federativo, com uma melhor distribuição dos recursos arrecadados, essa é
uma oportunidade de poder atender aos municípios brasileiros, onde tudo
acontece e temos problemas de toda ordem: na infraestrutura, na saúde,
na educação”, disse o republicano que já havia garantido apoio à
derrubada do veto aos prefeitos maranhenses durante a XX Marcha a
Brasília em Defesa dos municípios realizada entre 15 e 18 deste mês.
Verde lembrou que os serviços acontecem
nos municípios e o complemento orçamentário é justo. “A derrubada do
veto garante a desconcentração de receitas, o estimulo à economia local e
à justiça fiscal. Esses recursos certamente vão ajudar e muito as
prefeituras que estão deficitárias neste momento”, acrescentou o líder
republicano.
De acordo com a Confederação Nacional de
municípios (CNM), se a lei fosse sancionada como expressa no texto
aprovado pelo Congresso no fim do ano passado, os serviços de
administração de cartões de crédito e débito passariam a ser recolhidos
onde está estabelecido o tomador do serviço. Além disso, o ISS das
operações de leasing – arrendamento mercantil – e planos de saúde também
seriam devidos no domicílio do tomador.
Ainda segundo a CNM, o valor arrecadado é
destinado aos municípios onde as empresas que prestam o serviço do
cartão de crédito e afins estão instaladas, os chamados municípios
prestadores. Ou seja, as grandes cidades arrecadam praticamente a
totalidade do imposto, pois alocam o maior número de empresas
prestadoras deste tipo de serviço. Em contrapartida, os municípios
pequenos ficam desprovidos das receitas, embora também forneçam o
serviço em suas localidades.
Derrubada do veto
Aproximadamente R$ 2,87 bilhões serão
repassados aos municípios onde o tomador do serviço está estabelecido,
nesse caso onde estão localizados os restaurantes, farmácias, postos de
gasolina, etc. Isso no caso dos serviços de administração de cartões de
crédito e débito. No caso do leasing serão cerca de R$ 2,6 bilhões
distribuídos. Antes, esse recurso ficava nas mãos de apenas 35
municípios. E, no caso dos planos de saúde, mais de 2 mil municípios com
estabelecimentos de saúde que atendem por planos e convênios, conforme
dados da Agência Nacional de Saúde (ANS), passarão a receber o ISS dessa
operação. Da forma que estava, apenas 370 municípios recebiam tal
receita.
Se o veto não fosse derrubado, a forma
de distribuição dos recursos arrecadados com o imposto continuaria como
está: 63% das receitas do ISS ficam nas mãos dos citados 35 municípios;
cerca de 100 municípios respondem por 78% de todo o montante arrecadado
com tributo do país. A título de exemplo, em 2016, cerca de 75% da
arrecadação do ISS ficou concentrada para poucos municípios da região
Sudeste do país.
Por Mônica Donato com informações da CNM
Foto Douglas Gomes
Foto Douglas Gomes
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