quinta-feira, 20 de outubro de 2011

CLEBER VERDE FALA EM PLENÁRIO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA QUE TRATOU SOBRE AS IMPLICAÇÕES DO USO DO TELEFONE CELULAR NA SAÚDE DE SEUS USUARIOS

"Precisamos levar nossas crianças, até por uma questão de educação, a evitar o uso contínuo e demorado do aparelho celular. Enfim, precisamos criar mecanismos educacionais para conscientizar a população sobre os riscos associados ao uso permanente do aparelho celular.”


Terça feira, 18 de outubro de 2011.

Senhor Presidente, quero, nesta tarde, cumprimentar a Comissão de Seguridade Social e Família, a Comissão de Defesa do Consumidor e a Comissão de Ciência e Tecnologia, que, agora à tarde, fizeram uma audiência pública conjunta para tratar das implicações do uso do telefone celular na saúde de seus usuários.

Esse é um assunto bastante polêmico, que nos remete a algumas preocupações. Lá estiveram diversas autoridades, e pude ouvi-las atentamente.

Eu quero, inclusive, registrar as palavras do Dr. Keith Black, neurologista do Centro Médico Cedars-Sinai, de Los Angeles:

“O que a radiação do microondas faz, em termos mais simples, é semelhante ao que acontece aos alimentos no microondas - cozinha o cérebro. Nessa linha, fica claro que o uso continuado do celular expõe o ser humano a contingências de alto risco, que, se não consideradas como de saúde pública, poderão trazer imensos prejuízos para a população nacional”.Sr. Presidente, nesta tarde, diversas autoridades do segmento, envolvidas com o setor, a exemplo do Dr. Osório Chagas Meirelles, pesquisador junto à Universidade de São Paulo; do Sr. Renato Sebastiani, Professor da Universidade Campinas; do Sr. Gláucio Siqueira, Professor do Centro de Estudos de Telecomunicações da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; e do Dr. Márcio Luiz Varani, gerente de tecnologia de equipamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária estiveram presentes também àquele encontro.

Quero aqui, nesta oportunidade, registrar o que disse o Dr. Júlio Thomé de Souza Silva, médico, chefe de Serviços de Neurocirurgia do Hospital Federal de Ipanema. Ele disse que, no passado, chegava a operar quatro pessoas anualmente com tumores no cérebro. Hoje ele chega a operar por ano cerca de 40 a 50 pessoas acometidas de tumor no cérebro.

Ele remete não a uma definição concreta do que pode estar acontecendo em razão do uso do aparelho celular, mas apresenta a preocupação de que o uso continuado do aparelho celular pode, sim, provocar algum tipo de sequela a exemplo de aparecimento de tumor no cérebro. Ou seja, câncer que vem prejudicar e fazer com que pessoas sejam vitimadas.

Portanto, concluiu-se que é necessário intensificar as pesquisas. É necessário que o Governo Federal intensifique as pesquisas nas universidades, pesquisas independentes das empresas, inclusive, que possam ajudar o Governo a desenvolver pesquisas e apontar soluções imediatas que identifiquem de fato qual é a relação do surgimento desses tumores do cérebro em razão do uso continuado e permanente dos celulares.

Fica registrada a nossa preocupação. Precisamos levar nossas crianças, até por uma questão de educação, a evitar o uso contínuo e demorado do aparelho celular. Enfim, precisamos criar mecanismos educacionais para conscientizar a população sobre os riscos associados ao uso permanente do aparelho celular.

Fica o registro da nossa preocupação e um pedido ao Governo para que intensifique uma política educacional que sensibilize a população sobre o uso diário e contínuo do aparelho celular.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

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