24/05/2013 - 20h12
Subcomissão fará diligências para combater a violência contra a mulher
O Brasil tem a sétima maior taxa de
homicídios de mulheres do mundo, entre os 84 países que apresentam dados
homogêneos entre 2006 e 2010, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Arquivo/ Alexandra Martins
Nilda Gondim: as diligências vão focar os
equipamentos de proteção à vítima de violência, como delegacias
especializadas, e a impunidade.
A subcomissão, presidida pela deputada Nilda Gondim (PMDB-PB), já teve seu plano de trabalho aprovado. O plano prevê audiências públicas nos estados, a começar pelo Piauí.
“Não temos poder para investigar, mas vamos tratar de assuntos ligados à violência contra mulheres e meninas. Começaremos fazendo diligências nas regiões Norte e Nordeste, focadas de um lado, nos equipamentos de proteção à mulher vítima de violência, como delegacias especializadas, juizados, casas abrigo e centros de referência, e de outro lado, na impunidade”, informou a deputada.
Mapa da Violência
De acordo com o Mapa da Violência 2012 sobre o Homicídio de Mulheres no Brasil, entre 2000 e 2010 foram assassinadas 43.654. Entre 1980 e 2010 a taxa de homicídios femininos, para cada 100 mil mulheres, subiu 230%.
No Piauí, de janeiro a dezembro de 2012, a Central de Atendimento à Mulher registrou aproximadamente 13.500 denúncias. Por outro lado, o estado tem o menor índice de homicídios de mulheres, segundo o Mapa da Violência.
Mais números mostram o tamanho da violência contra a mulher. No Maranhão, também de janeiro a dezembro de 2012, a Central de Atendimento à Mulher registrou mais de 23 mil denúncias e, em 2010, ocorreram 117 assassinatos de mulheres. Neste ano, o estado registrou um aumento de 100% no número de denúncias de violência contra a mulher nos últimos 12 meses.
No Amapá, em 2012, a Central de Atendimento à Mulher registrou cerca de 2.600 denúncias. A subcomissão também recebeu denúncias de exploração sexual de meninas entre 12 e 16 anos no estado.
O presidente da Comissão de Seguridade, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que também participará da diligência, assinala que a violência contra a mulher não afeta só a saúde física, mas também a saúde mental. “Estudos mostram que as mulheres agredidas apresentaram riscos de desenvolver doenças como depressão, estresse pós-traumático e uso de drogas lícitas e ilícitas”, afirma.
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