O homem que não sabia colocar uma minhoca no anzol foi responsável por uma explanação que, por pouco menos de uma hora, fisgou a atenção de mais de 50 parlamentares e convidados que participaram da reunião da Frente Parlamentar Mista de Apoio à Pesca e Aquicultura.
BRASÍLIA - DF - Promovida pelo deputado Cleber Verde (PRB-MA), presidente da Frente, a reunião com o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella (PRB-RJ), empolgou os participantes, deixando-os convictos de que uma revolução no setor se aproxima.
Anfitrião do encontro, Cleber Verde iniciou o evento destacando o potencial que o Brasil tem para se tornar um dos maiores produtores e consumidores de pescado do mundo. Para isso, no entanto, muito ainda há de ser feito. “Mas, a julgar pelos resultados obtidos por nosso ministro, em pouco mais de um mês, posso afirmar que estamos no caminho certo”, previu o parlamentar republicano, destacando entre as ações do ministro Crivella a titulação de uma área para maricultores (“um sonho de 20 anos”) e a concessão, pela primeira vez, de licença para pesca da tainha antes do começo da temporada em Santa Catarina.
Em seguida, Crivella confirmou seu compromisso de não deixar um só parlamentar que busque o Ministério da Pesca para obter apoio ou informação sem um atendimento cordial e o empenho do staff ministerial – momento no qual apresentou alguns membros de sua equipe, como o secretário-executivo, brigadeiro Átila Maia, responsável pela interlocução do ministério com o parlamento.
Em sua apresentação, o ministro mostrou um quadro geral do setor da Pesca e Aquicultura no Brasil, sempre destacando o potencial do setor. “Sim, temos problemas, como por exemplo, nossa frota pesqueira que é muito velha e tecnologicamente atrasada. Sonho, por exemplo, com um ‘Meu barco, Minha Vida’, capaz de impulsionar a nossa captura de pescados para patamares mais condizentes como nosso potencial. Mas, mesmo assim, se conseguíssemos, por exemplo, utilizar apenas 1% das águas represadas em nossos hidrelétricas, teríamos a possibilidade de triplicar nossa produção na aquicultura, gerando riquezas, tirando famílias da miséria e oferecendo à mesa do brasileiro uma alimentação rica e equilibrada, que modificaria as manchetes dos jornais como as de hoje, mostrando que o brasileiro está ficando cada vez mais obeso.” Crivella esclareceu que esse potencial na bacia hídrica é apontado pelos especialistas como um verdadeiro “Pré-Sal da Pesca”, ou um “Pes-Cal”, brincou o ministro.
Em seguida, Crivella apresentou diversos programas do Ministério que podem ser objeto de emendas parlamentares para implantação nas regiões dos deputados, citando, entre outros exemplos, a possibilidade de instalação de fábricas de gelo, que ajudam no armazenamento do pescado com custos relativamente baixos (de R$ 50 mil a R$ 200 mil). “Os senhores não podem imaginar o que representa, em termos de melhoria de produtividade, a implementação dessas unidades”, destacou o ministro.
Texto: Paulo Gusmão
Foto: Douglas Gomes
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